Casos Práticos: Licenças CAL do Windows Server para PMEs
Introdução
A licenciamento de software de servidor pode tornar-se uma verdadeira dor de cabeça para pequenas e médias empresas (PMEs). Em particular, as licenças CAL do Windows Server são um elemento crítico que frequentemente levanta questões. Uma CAL (Licença de Acesso de Cliente) é necessária para que utilizadores ou dispositivos se conectem legalmente a um servidor de rede Windows.
Neste blog, vamos aprofundar o que são as CALs, os tipos disponíveis e como aplicá-las em cenários práticos para PMEs. Também ofereceremos comparações técnicas, exemplos detalhados do mundo real e sugeriremos conteúdos visuais úteis, como infográficos e capturas de ecrã, para ajudar na compreensão. No final, incluímos uma seção de Perguntas Frequentes (FAQ) otimizada para rich snippets, cobrindo as dúvidas mais comuns sobre gestão de utilizadores e licenças—incluindo a administração de licenças Adobe e o uso de consoles empresariais como Adobe Creative Cloud.
O que é um CAL do Windows Server?
Quando uma empresa adquire Windows Server, obtém uma licença para instalar o sistema operativo do servidor numa máquina física ou virtual. No entanto, essa licença de servidor por si só não autoriza os utilizadores ou dispositivos na rede a conectar-se a ele. Para permitir conexões de clientes ao servidor (por exemplo, para aceder a ficheiros partilhados, impressoras ou serviços do Active Directory), são necessárias CALs adicionais para cada cliente (utilizador ou dispositivo) que acede ao servidor. Em outras palavras, um CAL do Windows Server é uma permissão legal para um utilizador ou dispositivo cliente utilizar os serviços do servidor.
As CALs não são software que se instala, mas sim licenças que a empresa deve ter documentadas. A Microsoft conta com a conformidade dos clientes: o Windows Server normalmente não “bloqueia” automaticamente utilizadores sem CALs, mas a empresa é obrigada a ter as licenças adequadas para cumprir o acordo de utilização. Não ter as CALs corretas pode resultar numa violação de licença e problemas durante uma auditoria de software. É por isso que é essencial compreender os diferentes tipos de CALs e quantas a sua PME realmente necessita.
Tipos de CALs: CAL de Utilizador vs CAL de Dispositivo
A Microsoft oferece dois tipos principais de CALs para o Windows Server:
- CAL de Utilizador: Uma licença atribuída a uma pessoa específica (utilizador nomeado). Cada utilizador com uma CAL de Utilizador pode aceder ao servidor a partir de vários dispositivos. Esta opção é ideal quando os empregados normalmente utilizam vários dispositivos (por exemplo, um PC de escritório, um portátil e um telemóvel) ou quando a empresa tem mais dispositivos do que utilizadores no total.
- CAL de Dispositivo: Uma licença atribuída a um dispositivo específico. Qualquer pessoa que utilize esse dispositivo pode aceder ao servidor sob a mesma licença. Esta é a alternativa mais económica quando a organização tem mais utilizadores do que dispositivos; por exemplo, vários empregados a partilhar computadores em diferentes turnos de trabalho.
Ilustração 1: Infográfico de comparação – CAL de Utilizador vs CAL de Dispositivo


O infográfico acima ilustra esta diferença: se uma empresa tem, por exemplo, 5 utilizadores e 8 dispositivos no total, seria mais rentável adquirir 5 CALs de Utilizador (cada empregado pode usar todos os seus dispositivos). Por outro lado, se uma empresa tem 20 empregados mas apenas 10 PCs partilhados, provavelmente seria melhor adquirir 10 CALs de Dispositivo (cada PC licenciado, cobrindo todos os utilizadores em turnos rotativos).
É importante notar que as CALs de Utilizador e de Dispositivo podem ser combinadas conforme necessário. Uma PME pode adquirir uma mistura de CALs de Utilizador e de Dispositivo para se adequar a diferentes perfis de utilização dentro da sua rede. No entanto, não é possível converter ou trocar um tipo pelo outro; a escolha feita no momento da compra deve permanecer, por isso, o planeamento antecipado é fundamental.
Área de Trabalho Remota (CAL RDS) e Outros Complementos
Além das CALs padrão do Windows Server (que cobrem o acesso geral a serviços de servidor, como ficheiros, impressoras ou autenticação de domínio), existem licenças específicas para funcionalidades avançadas. Uma comum nas PMEs é a CAL de Serviços de Área de Trabalho Remota (RDS).
Se o seu Windows Server fornecer sessões de área de trabalho remota ou aplicações remotas a utilizadores (anteriormente conhecidas como Serviços de Terminal), você precisará de uma adicional CAL RDS para cada utilizador ou dispositivo que utilize esses serviços. As CALs RDS também estão disponíveis em formato de Utilizador ou de Dispositivo, seguindo a mesma lógica que as CALs padrão. Numa ambiente de trabalho remoto ou em várias filiais, esta distinção é crucial: por exemplo, um empregado que acede ao servidor remotamente a partir de múltiplos dispositivos está coberto por uma única CAL RDS de Utilizador, enquanto que num quiosque público com múltiplos utilizadores, uma CAL RDS de Dispositivo pode ser mais apropriada.
Outra licença relacionada é a licença de Conector Externo. Em vez de adquirir CALs individuais para cada utilizador externo (não empregado, como parceiros, clientes ou colaboradores) que precisa de aceder a determinados recursos do servidor, a Microsoft oferece uma licença de Conector Externo por servidor. Esta licença é tipicamente recomendada para cenários como portais públicos ou extranets, e permite um número ilimitado de utilizadores externos aceder a esse servidor. A decisão entre CALs externas individuais ou uma licença de Conector Externo é geralmente baseada no custo: para apenas alguns utilizadores externos, as CALs individuais podem ser mais baratas, mas se você espera altos volumes de acesso externo (por exemplo, clientes a aceder a um portal de dados no seu servidor), o Conector Externo simplifica a gestão e pode reduzir custos.


Licenças Incluídas e Edições Especiais para PME
Nem toda a situação requer a compra de CALs separadamente. A Microsoft oferece edições do Windows Server projetadas para pequenas empresas onde as CALs estão incluídas ou não são necessárias:
Windows Server Essentials
Especificamente projetada para pequenas empresas, esta edição (disponível em versões como 2016, 2019 e até uma variante em 2022) permite um número limitado de utilizadores e dispositivos sem a necessidade de comprar CALs adicionais. Por exemplo, o Windows Server 2019 Essentials suporta até 25 utilizadores ou 50 dispositivos sem CALs (estes limites estão definidos na licença). Em outras palavras, ao comprar a edição Essentials, uma empresa já tem direito a conectar até esse número de utilizadores/dispositivos ao servidor. Isso simplifica muito a implementação para microempresas. A desvantagem é que o Essentials tem algumas limitações em recursos avançados e não permite crescimento além do limite de 25 utilizadores. Ainda assim, é uma solução muito atraente para uma PME típica com, digamos, 10 ou 15 funcionários.
Edições Standard vs Datacenter
No Windows Server Standard e Datacenter, a licenciamento base do servidor é baseado em núcleos físicos, e ainda requer CALs por utilizador ou dispositivo para acesso. A edição Standard é tipicamente utilizada em PME com uma ou algumas máquinas físicas (cobre duas instâncias virtuais por licença de 16 núcleos, o que é suficiente para a maioria dos cenários de PME). A edição Datacenter é mais adequada para grandes empresas com extensa virtualização (permite instâncias virtuais ilimitadas) e geralmente é demasiado cara para uma PME típica—embora algumas pequenas empresas de tecnologia a utilizem para necessidades especiais. Em qualquer caso, ambas seguem o modelo de licenciamento “Servidor + CAL”.
Outro ponto importante: acesso anónimo a serviços web. Se o seu Windows Server fornecer um serviço web aberto (por exemplo, um site público ou uma aplicação acessível sem autenticação), esse tráfego não requer CALs, desde que o acesso permaneça não autenticado. As CALs são necessárias apenas para utilizadores ou dispositivos autenticados na rede ou domínio. Isso significa que se você hospedar um site corporativo voltado para o público no IIS acessível a qualquer pessoa pela Internet, não precisa de uma CAL para cada visitante anónimo. Mas se esses visitantes se autenticarem usando contas no seu domínio do Windows Server, então os requisitos de licenciamento se aplicam (e é aí que entram os utilizadores externos e a licença de Conector Externo).
Casos Práticos de Licenciamento CAL em PME
Vamos agora analisar uma série de casos de uso reais (ou hipotéticos) que ilustram como abordar o licenciamento CAL em diferentes PME. Estes exemplos práticos incluem situações do dia a dia onde um administrador de TI deve decidir que tipo e quantas CALs comprar, destacando desafios e soluções específicas que vão além da teoria.
Caso 1: Escritório Tradicional com Múltiplos Dispositivos por Funcionário
Cenário: A Contoso S.L. é uma empresa de consultoria com 15 funcionários de escritório. Cada funcionário tem um PC de secretária no escritório e um portátil da empresa para trabalhar em casa. Alguns até acedem ocasionalmente ao servidor a partir dos seus telemóveis (por exemplo, para verificar arquivos via VPN). No total, estimam cerca de 15 utilizadores humanos, mas cerca de 35 dispositivos diferentes podem conectar-se ao servidor (15 PCs, 15 portáteis e alguns telemóveis pessoais).
Desafio: A Contoso precisa configurar um controlador de domínio com Windows Server para centralizar o acesso a arquivos e autenticação (Active Directory). Quantas CALs devem comprar e que tipo? Se escolherem CALs por Dispositivo, precisariam licenciar até ~35 dispositivos. Em contraste, com CALs por Utilizador, apenas 15 seriam necessárias (uma por funcionário). Claramente, neste cenário com mais dispositivos do que utilizadores, as CALs por Utilizador são a escolha certa e mais económica.
Solução: A Contoso compra 15 CALs por Utilizador do Windows Server. Com estas licenças, cada funcionário pode conectar-se ao domínio e usar os recursos do servidor a partir de qualquer um dos seus dispositivos (PC de escritório, portátil, até telemóvel pessoal). A empresa documenta quais funcionários estão cobertos pelas CALs e mantém esse registro atualizado. No futuro, se novos funcionários forem contratados, simplesmente compram novas CALs por Utilizador para esses utilizadores adicionais.
Caso 2: Oficina com PCs Partilhados Entre Turnos (Mais Utilizadores do que Dispositivos)
Cenário: A Industrias López é uma pequena empresa de manufatura com 3 turnos de trabalho e um total de 30 operadores. No chão de fábrica, existem 10 terminais partilhados (PCs); em cada turno, diferentes funcionários revezam-se a usar as mesmas máquinas para inserir dados de produção numa aplicação cliente-servidor. Todos os PCs conectam-se a um servidor Windows central que executa o ERP interno e o software de banco de dados.
Desafio: Como deve a empresa licenciar o acesso destes funcionários ao servidor? Existem 30 indivíduos que utilizarão o sistema em algum momento do dia, mas apenas 10 dispositivos físicos a conectar (cada PC é partilhado por utilizadores de diferentes turnos). Comprar 30 User CALs (um por operador) seria legalmente correto, mas muito caro, e na prática, não mais do que 10 utilizadores acedem ao sistema simultaneamente devido ao número limitado de terminais. Nesta configuração com mais utilizadores do que dispositivos, Device CALs são mais eficientes.
Solução: A Industrias López compra 10 Device CALs. Cada um dos 10 PCs da oficina recebe a sua licença de acesso ao servidor. Não importa qual funcionário faça login durante qual turno—desde que utilizem aqueles 10 dispositivos licenciados, o acesso ao servidor está garantido. A empresa reduz significativamente os custos em comparação com a compra de 30 User CALs e mantém-se legalmente em conformidade, uma vez que nenhum dispositivo não licenciado acede ao servidor. O administrador do sistema assegura que nenhum novo PC seja adicionado à rede sem antes obter a CAL apropriada.
Caso 3: Trabalhadores Remotos e Teletrabalho com Acesso Externo
Cenário: A Diseño Creativo S.A. é uma agência de marketing com 10 funcionários permanentes, vários dos quais trabalham remotamente a partir de diferentes locais. Eles utilizam um Windows Server 2019 no escritório principal que atua como servidor de ficheiros e hospeda aplicações internas. Os funcionários remotos conectam-se ao servidor usando o Remote Desktop para executar uma aplicação de gestão que está apenas instalada no servidor, e também acedem a pastas partilhadas via VPN.
Desafio: A empresa precisa considerar dois tipos de licenças: as CALs padrão do Windows Server para permitir que cada utilizador aceda ao servidor, e as RDS CALs para uso do Remote Desktop. Uma vez que cada funcionário remoto pode conectar-se a partir do seu portátil pessoal, tablet ou outros dispositivos fora do escritório, a escolha lógica é usar User CALs (cada pessoa pode aceder a partir de qualquer dispositivo). Além disso, precisarão de User RDS CALs para habilitar sessões de Remote Desktop no servidor.
Solução: A Diseño Creativo S.A. compra 10 Windows Server User CALs (uma por funcionário) e 10 User RDS CALs para Remote Desktop. Desta forma, todos os 10 trabalhadores estão totalmente licenciados para aceder ao servidor e abrir as suas sessões remotas, independentemente do dispositivo ou localização. O departamento de TI configura o servidor de licenciamento do Remote Desktop para atribuir aquelas 10 RDS CALs a utilizadores autorizados. Cada novo funcionário precisará de duas licenças (uma CAL padrão e uma RDS CAL) para estar totalmente coberto.
Caso 4: Utilizadores Externos Acedendo a Recursos (Clientes ou Parceiros)
Cenário: A DataBiz é uma startup que oferece aos seus clientes um portal de dados hospedado num Windows Server. Os clientes (que não são funcionários) fazem login com as suas próprias credenciais para visualizar relatórios e documentos personalizados. Vamos supor que existem 50 utilizadores externos autorizados a utilizar este portal, e esse número pode crescer se mais clientes forem adicionados no futuro.
Desafio: Ao conceder acesso ao servidor a pessoas fora da organização, a DataBiz também deve licenciar essas conexões. Eles têm duas opções: comprar 50 Windows Server CALs individuais (uma por utilizador externo) ou comprar uma licença de Conector Externo para o servidor. Precisam decidir qual é mais prático e rentável. As CALs individuais oferecem flexibilidade ao pagar apenas pelos utilizadores externos existentes, mas se a base de clientes crescer para centenas, gerir todas essas CALs individuais torna-se complicado. A licença de Conector Externo tem um custo fixo mais elevado, mas cobre utilizadores externos ilimitados com uma única licença por servidor.
Solução: Após rever a situação, a DataBiz opta por comprar a licença de Conector Externo para o seu Windows Server, uma vez que a sua estratégia de negócios envolve aumentar a base de clientes. Com esta licença em vigor, já não precisam de rastrear utilizadores externos individuais ou comprar CALs adicionais à medida que novos clientes se inscrevem: qualquer utilizador externo autorizado pode fazer login no portal sem preocupações de licenciamento (a empresa cumpriu o seu requisito ao adquirir o Conector Externo). O departamento de TI implementa controles para garantir que apenas “utilizadores externos” (não funcionários) acedam por este método, uma vez que os funcionários internos ainda requerem CALs de utilizador regulares.
Caso 5: Economia de Custos com Licenças de Segunda Mão
O orçamento é um fator crítico para muitas PME quando se trata de licenciamento de software. Um bom exemplo é uma empresa com 20 funcionários que precisava do Windows Server Standard e 20 CALs para a sua equipa. Em vez de comprar novas licenças a preço cheio, optaram por adquirir licenças de segunda mão de um revendedor autorizado. O resultado? Economizaram quase 60% em comparação com o custo original da licença.
Gráfico: Comparação de custos – preços de novas licenças vs licenças de segunda mão (exemplo do mundo real).


Com essas poupanças, conseguiram investir em hardware melhor, mantendo-se totalmente em conformidade, uma vez que as licenças de segunda mão eram oficiais e vinham com certificados de transferência.
Conclusão: Licenças de software de segunda mão (seja para Windows Server, CALs ou outros programas como AutoCAD ou Adobe) tornaram-se uma estratégia viável para as PME obterem a funcionalidade de que precisam a uma fração do custo—desde que procurem aconselhamento e comprem a partir de revendedores de confiança.
Comparação: Gestão de Utilizadores no Windows Server vs Adobe Creative Cloud
Discutimos a licenciamento do Windows Server em profundidade, mas vale a pena colocar este tópico dentro do contexto mais amplo da gestão de utilizadores e licenças nas PME. Cada vez mais empresas utilizam uma mistura de infraestrutura local (servidores Windows, bases de dados, etc.) e serviços de subscrição baseados na nuvem (como Microsoft 365, Adobe Creative Cloud, etc.). Isso significa gerir diferentes modelos de licenciamento em paralelo.
Vamos dar uma olhada numa comparação de como o acesso dos utilizadores é gerido no Windows Server em comparação com um cenário muito comum de software na nuvem: Adobe Creative Cloud para empresas.
Modelo de Licenciamento
Windows Server + CAL utiliza um modelo de licenciamento perpétuo (pagamento único), baseado em utilizadores ou dispositivos locais. Em contraste, o Adobe Creative Cloud para equipas ou empresas segue um modelo de subscrição (tipicamente anual), atribuído por utilizador nomeado. Não existe o conceito de “CAL baseado em dispositivo” na Adobe; todas as licenças são baseadas em utilizador (cada licença é atribuída a uma pessoa específica, que pode instalar as aplicações em múltiplos dispositivos, embora normalmente as utilize apenas em um de cada vez).
Console de Administração
No Windows Server, os utilizadores são geridos através do Active Directory ou outras ferramentas locais, e o administrador deve monitorizar manualmente a conformidade das CALs (mantendo um registo do número de utilizadores no Active Directory em comparação com as CALs adquiridas, ou utilizando software de inventário). A Adobe, por outro lado, fornece o Adobe Admin Console, uma plataforma centralizada baseada na web onde os administradores de TI gerem as licenças da Adobe. Lá, os administradores adicionam utilizadores (por nome ou email) e atribuem ou revogam licenças para p
produtos (Photoshop, Illustrator, etc.). O Console de Administração do Adobe Creative Cloud previne o uso excessivo: se comprou apenas 10 licenças, pode atribuí-las a um máximo de 10 utilizadores ao mesmo tempo. Isto torna a gestão de licenças da Adobe mais transparente, uma vez que a própria ferramenta mostra quantas licenças estão em uso e quantas estão disponíveis a qualquer momento.
Gestão de Utilizadores e Credenciais
O Windows Server utiliza contas de utilizador dentro do Active Directory (domínio local). No Adobe Creative Cloud, os utilizadores são geridos no Console de Administração da Adobe com identidades atribuídas pela empresa. A Adobe permite a integração de login com sistemas corporativos (por exemplo, através de ID Federada ligada ao Azure AD ou a outro serviço SSO), para que os colaboradores possam usar as suas credenciais corporativas para aceder às aplicações da Adobe. Isto facilita a integração/desintegração em ambos os ambientes e dá à empresa um melhor controlo sobre quem tem acesso às licenças da Adobe.
Custos e Previsibilidade
Com o Windows Server e as CALs, a empresa faz uma despesa de capital inicial (CAPEX) para licenças perpétuas que podem ser utilizadas durante anos (embora, se atualizar para uma nova versão do Windows Server, as CALs atualizadas tenham de ser compradas—salvo se a Garantia de Software estiver incluída). Em contraste, o Adobe Creative Cloud envolve uma despesa operacional recorrente (OPEX) através de subscrições baseadas em utilizadores. Com o tempo, as subscrições podem ser mais dispendiosas do que as licenças perpétuas, mas incluem sempre a versão mais recente do software e suporte na nuvem. Algumas PME optam por soluções híbridas: por exemplo, utilizando versões perpétuas mais antigas do software da Adobe (como Photoshop ou Illustrator CS6) para determinadas estações de trabalho, enquanto pagam apenas subscrições do Creative Cloud para utilizadores que necessitam das funcionalidades mais recentes ou serviços na nuvem. É uma troca entre custo e funcionalidade que deve ser avaliada caso a caso.
Em resumo, tanto as CALs do Windows Server como as licenças do Adobe Creative Cloud requerem uma boa gestão de utilizadores, mas os mecanismos diferem: um é local e baseado em confiança (com potenciais auditorias), o outro é gerido na nuvem pelo fornecedor. Para uma PME, compreender ambos os mundos é essencial, uma vez que provavelmente precisam de gerir licenças para sistemas locais (Windows, SQL, etc.) e serviços online (Adobe, Microsoft 365, etc.). Integrar as melhores práticas—como manter um registo mestre de quais colaboradores detêm quais licenças em todos os sistemas—pode ajudar a evitar dores de cabeça, custos adicionais e problemas legais no futuro.


Conclusão
Em última análise, o sistema de licenciamento CAL do Windows Server é um aspecto crucial que cada PME que utiliza servidores locais deve compreender. Embora possa parecer complexo à primeira vista, vimos que com o conhecimento adequado é possível licenciar corretamente sem desperdiçar recursos. Os casos práticos apresentados mostram a importância de analisar cada cenário (número de utilizadores, dispositivos, tipo de acesso remoto, presença de utilizadores externos, etc.) para decidir entre CALs de Utilizador ou de Dispositivo e outras opções como CALs de RDS ou Conectores Externos. Também vimos que existem formas de reduzir custos, como a compra legal de licenças em segunda mão.
A gestão adequada de licenças não só ajuda a evitar problemas durante potenciais auditorias de software, mas também garante que o investimento em TI é maximizado. Ao planear com antecedência e seguir as melhores práticas, uma pequena ou média empresa pode escalar a sua infraestrutura de Windows Server com confiança, sabendo que cada empregado e dispositivo está devidamente coberto pelas licenças necessárias. Desta forma, a tecnologia continua a ser um motor de negócios—sem contratempos ou despesas inesperadas.
Perguntas Frequentes (FAQ)
O que é exatamente uma CAL do Windows Server e por que preciso de uma?
Uma CAL do Windows Server (Licença de Acesso de Cliente) é uma licença que concede a um cliente (utilizador ou dispositivo) o direito de aceder a serviços num Windows Server. Você precisa dela porque, além da licença do servidor em si, a Microsoft exige legalmente que cada utilizador ou dispositivo que se conecta ao servidor esteja coberto por uma CAL. Sem uma CAL, o acesso—embora tecnicamente possível—não é autorizado de acordo com os termos de uso da Microsoft.
Qual é a diferença entre uma CAL de Utilizador e uma CAL de Dispositivo?
Uma CAL de Utilizador é atribuída a uma pessoa específica (por exemplo, um empregado) e permite que ela se conecte ao servidor a partir de qualquer um dos seus dispositivos. Uma CAL de Dispositivo, por outro lado, é atribuída a um dispositivo específico (por exemplo, um PC em particular) e permite que múltiplos utilizadores acedam ao servidor a partir de esse dispositivo. A escolha depende do seu cenário de negócios: se cada utilizador trabalha em múltiplos dispositivos, uma CAL de Utilizador é mais eficiente; se você tem mais funcionários do que dispositivos e eles partilham estações de trabalho, uma CAL de Dispositivo faz mais sentido.
Se eu tiver o Windows Server Essentials ou outra edição especial, ainda preciso comprar CALs?
O Windows Server Essentials (por exemplo, a edição Essentials de 2019) não requer CALs separadas desde que você permaneça dentro dos seus limites de utilização (tipicamente até 25 utilizadores ou 50 dispositivos). Essa edição inclui direitos de acesso para esse número de clientes. Outras edições destinadas a pequenas empresas, como o Windows Server Foundation (em versões mais antigas), também incluíam direitos de acesso limitados. No entanto, as edições Standard e Datacenter exigem CALs mesmo para o primeiro utilizador ou dispositivo, pois não incluem nenhuma. É sempre recomendado rever a documentação da edição que você está utilizando para confirmar os seus requisitos de licenciamento.
As CALs do Windows Server expiram, ou podem ser usadas para versões futuras?
sions?As CALs adquiridas para uma versão específica do Windows Server (por exemplo, CAL para Windows Server 2019) são perpetuas para essa versão: não expiram ao longo do tempo, mas apenas autorizam o acesso a servidores dessa mesma versão (ou anterior). Se atualizar o seu servidor para uma versão mais recente (por exemplo, Windows Server 2022 ou 2025), precisará de adquirir novas CALs para a nova versão, uma vez que as CALs não “atualizam automaticamente.” A única exceção é se adquiriu o Software Assurance juntamente com as CALs—nesse caso, tem o direito de atualizar as suas licenças para a versão mais recente durante o período de cobertura do Software Assurance.
Como é gerida a licenciamento de utilizadores em serviços como o Adobe Creative Cloud em comparação com o Windows Server?
No Adobe Creative Cloud para empresas, a gestão de licenças é feita através do Adobe Admin Console, onde as licenças são atribuídas a utilizadores específicos (por nome ou email). A Adobe não oferece licenças “baseadas em dispositivos”; cada utilizador licenciado pode instalar as aplicações em múltiplos dispositivos, mas a própria plataforma assegura que o número de utilizadores licenciados em simultâneo não é excedido. Portanto, a empresa mantém-se em conformidade desde que utilize o console para gerir as atribuições de licenças. No Windows Server, o licenciamento CAL é mais manual: o servidor não rastreia o número de utilizadores licenciados, por isso cabe ao administrador garantir que cada utilizador ou dispositivo que acede ao servidor está coberto por uma CAL adquirida. Em resumo, a Adobe fornece uma ferramenta centralizada baseada na nuvem para gerir licenças por utilizador, enquanto no Windows Server, é responsabilidade da organização manter a conformidade das CALs.
Preciso de CALs adicionais para usar o Área de Trabalho Remota no Windows Server?
Sim. Se planeia oferecer sessões de Área de Trabalho Remota ou aplicações publicadas a utilizadores, precisará de CALs padrão do Windows Server e CALs RDS (CALs de Serviços de Área de Trabalho Remota) específicas para esse serviço. As CALs RDS também estão disponíveis por Utilizador ou por Dispositivo (e deve escolher a mais apropriada tal como com as CALs padrão). Por exemplo: um funcionário que se conecta via Área de Trabalho Remota a um Windows Server deve estar coberto por uma CAL do Windows Server (para aceder ao servidor) e também por uma CAL RDS (para usar a funcionalidade de Área de Trabalho Remota). Ambas as licenças são independentes, mas cumulativas.
E se utilizadores externos (clientes, fornecedores) acederem ao meu servidor? Preciso de comprar CALs para eles?
Se pessoas fora da sua organização acederem ao seu servidor de forma autenticada, também devem estar devidamente licenciadas. Tem duas opções: adquirir CALs individuais do Windows Server para cada utilizador externo (se forem poucos e claramente identificados) ou adquirir uma Licença de Conector Externo para o servidor. O Conector Externo é uma única licença por servidor que autoriza o acesso a utilizadores externos ilimitados sem atribuir CALs individuais. Geralmente, é a melhor escolha quando tem muitos clientes ou parceiros a conectar-se aos seus sistemas. Se houver apenas um ou dois utilizadores externos, pode ser mais rentável atribuir-lhes CALs de Utilizador normais. A decisão é principalmente financeira, mas do ponto de vista da conformidade, ambas as opções são válidas desde que todo o acesso esteja devidamente licenciado de uma forma ou de outra.






